Na sessão plenária da Câmara de terça-feira, dia 21, na sequência das propostas para que São Carlos adote visando à retomada no pós-pandemia, fiz referência à economia de recursos que o SAAE, poderia obter, reduzindo o gasto mensal com energia elétrica por meio da implantação de um sistema de energia solar fotovoltaico. Trata-se de uma energia limpa, que não libera gases ou resíduos poluentes em seu processo de produção ou consumo.
No primeiro semestre de 2020, o SAAE produziu quase 20 milhões de metros cúbicos de água, mas entregou apenas 40.5% desta água com uma perda considerável de 59,5 % (19 milhões e 156 mil metros cúbicos).
São recursos que se perdem e é preciso atento a isso. Entre os motivos dessa perda é o tempo de validade das adutoras que já foi superado. Mas é preciso analisar também outras questões. De janeiro até o último dia de junho deste ano, a despesa do SAAE com energia elétrica foi de R$ 12.100.501,64. No ano serão gastos mais de R$ 24 milhões.
Esses 24 milhões podem ser recursos que nos faltam para resolver entre outros problemas o de drenagem urbana.
Cito o exemplo do CPP (Centro do Professorado Paulista), cuja sede regional em São Carlos produz energia elétrica através de placas de energia solar fotovoltaica, suprindo o consumo a um custo de R$ 10 mil mensais. Com investimento ao longo de 48 meses nesse valor, o sistema se paga nesse período. Entendo que se houvesse no SAAE um processo de substituição da energia hidrelétrica pela solar, em quatro anos a autarquia passaria a economizar R$ 24 milhões e teríamos recursos para resolver problemas como as inundações da rotatória do Cristo, por exemplo; para a construção de piscinões e para começar a substituir a rede de água, que é antiga, e investir em tecnologia para evitar ainda a perda de água que é recorrente.
É uma ideia que estou apresentando como vereador, entre as diversas ideias que exponho para que possam ser debatidas e estimulem uma reflexão e levem a adoção de medidas factíveis. As soluções existem e passam pela economia de recursos públicos.
TURISMO NO MUNICÍPIO – Outra ideia que apresentei na sessão é estruturar o setor de turismo do município, organizar uma política de incentivo e difusão dos pontos turísticos de São Carlos. O turismo é uma indústria que gera recursos e todos reconhecemos que em São Carlos e sua microrregião existe uma série de locais que poderiam ser elencados como favoráveis ao turismo.
Temos a Fazenda Pinhal, o museu Monjolinho, a Fazenda Santa Maria, o Sítio São Joaquim, os museus de São Carlos, de Pedra e da Ciência e Tecnologia, o complexo da estação ferroviária, o Palacete Conde do Pinhal, a Catedral, a Igreja de Santo Antonio, o santuário de Aparecida da Babilônia, a Igreja Presbiteriana, as escolas tradicionais como Dr.Alvaro Guião, o prédio do CDCC, o Edifício Euclides da Cunha, os campi da USP e da UFSCar, as Embrapas, os Colégios Diocesano e São Carlos e as atrações no entorno do município, como a represa do Broa e os municípios de Brotas, Analândia e Descalvado. Elaborar folhetos, instituir programas de visitas guiadas, orientar os visitantes a conhecer as atrações locais, tudo isso pode dar uma nova dinâmica ao turismo profissional, com efeitos benéficos para a economia. É uma ideia a ser estudada por um comitê de planejamento de ações de curto e médio prazo que venho propondo às autoridades e à sociedade civil.